Indutância
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| Eletromagnetismo |
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![]() Representação do vetor campo elétrico de uma onda eletromagnética circularmente polarizada. |
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História
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Em um sistema constituído de uma ou mais espiras, formando uma bobina perfeita - (resistência interna igual a zero) - quando percorrido por uma corrente elétrica produz um campo magnético, campo este que faz um fluxo <math>\Phi</math> que as atravessa.
Indutância pode ser definida como a razão entre o enlace total do fluxo e a corrente elétrica envolvida. Para o entendimento do conceito de enlace do fluxo, primeiramente consideremos um Toroide de N espiras , pelo qual uma corrente I que circula produz um fluxo total <math>\Phi</math>. O enlace de fluxo N<math>\Phi</math> é caracterizado como o número de espiras N presente no fluxo <math>\Phi</math>.[1]
A capacidade de uma bobina de <math>N</math> espiras em criar o fluxo com determinada corrente <math>i</math> que percorre o circuito é denominada Indutância (símbolo L) medida em "henry" cujo símbolo é H.
<math>L=\frac{N \Phi}{i}</math> [1]
Propriedades
A corrente num circuito produz um campo magnético e portanto, fluxo magnético. Assim, qualquer variação da corrente conduzirá a forças eletromotrizes induzidas no circuito.
Se, por exemplo, fecharmos um interruptor num circuito de corrente contínua, a corrente não aumenta instantaneamente desde zero até um valor final, devido à indutância do circuito. A tendência da corrente a aumentar bruscamente será contrariada por uma corrente induzida oposta, que regula o aumento da corrente de forma gradual. Igualmente, quando se abrir o interruptor a corrente não passará a ser nula de forma instantânea, mas de forma gradual.[2]
Imaginemos dois circuitos, um ao lado do outro (figura ao lado). No primeiro circuito está ligada uma pilha que produz uma corrente, existindo uma resistência variável que permite alterar a intensidade dessa corrente. No segundo circuito não está ligada nenhuma fonte.[2]
A corrente no circuito 1 (lado esquerdo) produz fluxo magnético dentro do circuito 2, que deverá ser diretamente proporcional à corrente <math>I_1</math>, que produz esse campo magnético:
<math>\Phi_2 = -M\,I_1</math>
onde <math>M</math>é uma constante chamada (indutância mútua) , que depende da forma dos circuitos e da distância entre eles.
A variação da corrente no circuito 1 induz uma força eletromotriz no circuito 2:
<math>\varepsilon_2 = M\,\frac{d\,I_1}{d\,t}</math> [2]
No sistema internacional de unidades, a unidade da indutância (volt vezes segundo, sobre ampere) é o henry, representada pela letra H.
Indutância Mútua
Estando dois ou mais circuitos próximos uns dos outros, como observado na Figura ao lado (circuitos elétricos adjacentes).
O fluxo magnético <math>\Phi</math> através de um circuito elétrico não depende somente da corrente naquele circuito, mas depende também da correntes dos outros circuitos correlacionados.[3]
O campo magnético na superfície <math>S_2</math> é a superposição de <math>\overrightarrow{B_1}</math> referente a corrente <math>I_1</math> e <math>\overrightarrow{B_2} </math> devido a <math>I_2</math>. O fluxo magnético <math>\overrightarrow{B_1} </math> é proporcional a <math>I_1</math>, assim como <math>\overrightarrow{B_2} </math> é proporcional a <math>I_2</math>.
<math>\Phi_{m2,1}=M_{2,1}\,I_1</math>
No qual <math>M_{2,1}</math> é denominado de Indutância Mútua. O fluxo líquido <math>\Phi_{m2,1}</math> do campo magnético total <math>\overrightarrow{B}=\overrightarrow{B_1}+\overrightarrow{B_2}</math>, presente no circuito 2, pode ser descrito como <math>\Phi_{m2}=\Phi_{m2,2}+\Phi_{m2,1}</math>. Para o circuito 1, uma equação para o fluxo de <math>\overrightarrow{B_2}</math> é dado por:[3]
<math>\Phi_{m1,2}=M_{1,2}\,I_2</math>
Com uma frequência alta, o fluxo magnético numa área contida num circuito varia com o tempo, devido as correntes de circuitos próximos que variam. A condição anterior induz uma força eletromotriz em um processo chamado de indução mútua, que depende da geometria dos circuitos e de sua orientação um em relação ao outro. A distancia de separação do circuito é inversamente proporcional a indutância mútua [4]
O conceito de Coeficiente de indutância ( Indutância mutua), acontece quando da energia que ocorre da interação entre circuitos elétricos, sendo um fator que depende da geometria dos circuitos. O fator pode ser denominado de auto indutância quando se relaciona a auto-energia de um circuito e de indutância mutua quando a interação ocorre entre circuitos distintos.[5]
Para um indutor a indutância pode ser calculada a partir da seguinte expressão:[6]
<math> L= \frac{\mu_0.N^2.A}{l-0,45d}</math>
Onde:
- <math>\mu_0= 4.\pi. 10^-7(H/m)</math> é permeabilidade do vácuo;
-N e o número de espiras;
- l é a extensão da bobina;
- d é o diâmetro do núcleo;
- A é a área da secção transversal do núcleo;
Autoindução
A corrente num circuito produz um campo magnético com linhas de campo que produzem fluxos de sentido contrário na área delimitada pelo circuito e no exterior do circuito (figura ao lado):
A lei de Faraday-Lenz descreve o fenômeno seguinte: quando o fluxo de um campo magnético que atravessa um circuito condutor
varia ao longo do tempo, aparece neste circuito uma tensão chamada força eletromotriz. Lenz, afirma que a direção da corrente induzida
é de tal forma que se opõe com seus efeitos magnéticos a causa que a produz.
Assim, a força eletromotriz induzida pode ser definida por:[7]
<math> \epsilon_i =-\,\frac{1}{c}\,\frac{d\,\Phi_i}{d\,t} </math>
No qual o símbolo <math>\Phi_i</math> é caracterizado pelo fluxo no circuito , do campo <math>B_1 </math> devido a corrente <math>I_1</math>. O sinal menos indica que a força eletromotriz é sempre orientada a se opor a variação da corrente elétrica.[7]
De acordo com a lei de Biot-Savart, o campo magnético produzido pelo circuito é diretamente proporcional à corrente. Portanto, o fluxo magnético produzido por um circuito sobre si próprio, e proporcional à corrente:[2]
<math>
\Phi =\frac{L}{N}\,I
</math>
A constante <math>L</math>é a autoindutância do circuito. A <math>fem</math>
autoinduzida no próprio circuito é:
<math>
\epsilon_i = -L\,\frac{dI}{dt}
</math>
Quanto maior for a área do circuito, maior será a sua autoindutância. Para evitar uma autoindutância elevada, que pode ser indesejada no caso de correntes variáveis, a fonte num circuito não se liga como na figura acima, mas com dois fios colados um ao lado do outro que ligam o dispositivo à fonte. Assim, reduz-se a área interna do circuito.
Nas partes do circuito onde se deseja que a indutância seja elevada, ligam-se bobinas com várias voltas e, portanto, com área interna elevada. Esses indutores representam-se nos diagramas de circuito com o símbolo da figura ao lado.
<math>L</math> representa o valor da indutância, medida em henries no sistema internacional. O símbolo da auto-indução total do circuito coloca-se em alguma parte do circuito. Na análise do circuito, esse dispositivo é designado de (indutor) e representa um elemento passivo em que a diferença de potencial é diretamente proporcional à corrente: <math>L\,dI/dt</math>.[2]
Potência e Energia Armazenada em indutores
Um circuito sendo desligado, a corrente existente neste circuito pode variar induzindo uma corrente em outro circuito que esteja próximo. Quando uma corrente em um circuito esta aumentando, torna-se necessário um aumento da tensão induzida pela variação da corrente, aumentando-se a energia, que pode ficar armazenada e reaproveitada posteriormente. O indutor é capaz de armazenar energia em um campo magnético,sendo que um indutor quando percorrido por corrente elétrica, de acordo com a lei de Faraday ocorre um acúmulo de cargas positivas na entrada e de cargas negativas na saída de um indutor. O acumulo de cargas representa o armazenamento de energia no campo magnético. A energia pode ser dada por:[8] <math>p(t)=\int_{t_0}^{t}Li(t).\frac{d_i(t)}{dt}\,dt= w-w_0</math>
com as condições iniciais nulas, temos: <math>w=\frac{1}{2}.Li^2(t)</math>
Referências
- ↑ 1,0 1,1 Hayt Jr,W.A.| Buck, J.A.. : Eletromagnetismo. [S.l.]: AMGH Editora Ltda,, 2013. 595 p. ISBN 0073380660
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 [ Eletricidade e Magnetismo. Porto: Jaime E. Villate, 20 de março de 2013. 221 págs]. Creative Commons Atribuição-Partilha (versão 3.0) ISBN 978-972-99396-2-4. Acesso em 20 Jun. 2013.
- ↑ 3,0 3,1 [ Física- Eletricidade e Magnetismo, ótica. New York: Paul A. Tipler,Gene Mosca, 2004. 550 págs]. Editora Edgard Blucher
- ↑ Jewett,J.W.| Serway, R.A.. : Física para cientistas e engenheiros- Eletricidade e magnetismo. [S.l.]: Cengage Learning Edições Ltda,, 2011. 380 p. ISBN 978-85-221-1110-7
- ↑ [ Calculo de indutância e de força em circuitos elétricos. Montreal: Marcelo Bueno,André K. T. Assis, 2015. 210 págs]. Library and Archives Canada Cataloguing in Publication
- ↑ {{#invoke:Citar web|web}}
- ↑ 7,0 7,1 [ Curso de Física de Berkeley - Eletricidade e Magnetismo. Universidade de Harvard: Edward M. Purcell, 1973. 429 págs]. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.
- ↑ {{#invoke:Citar web|web}}





