Diagrama de Linus Pauling
Diagrama de Linus Pauling, ou Diagrama de Pauling, tem seu nome associado ao Químico norte-americano, Linus Pauling. Inicialmente, serve para auxiliar na distribuição dos elétrons pelos subníveis da eletrosfera. O formato inicial desse diagrama foi primeiramente apresentado pelo cientista chinês Pao-Fang Yi[1][2] e aperfeiçoado na Austrália pelo professor L. M. Simmons.[3] O professor Therald Moeller[4] em seu livro de Química Inorgânica, descreveu e detalhou a forma do diagrama que conhecemos atualmente. O nome, Diagrama de Linus Pauling, é largamente citado no Brasil, inclusive em livros-texto e em programas para diferentes tipos de concursos públicos e particulares, especialmente na área do ensino médio e vestibulares. Esse nome do diagrama carece completamente de citações internacionais e esta incorreção também foi detalhada pelo professor de Química Ricardo Caçalda[5]. Fora incoerências, a homenagem a Linus Pauling é mais do que justa, por sua primordial contribuição ao estudo da natureza da ligação química.
Nesse diagrama, os subníveis são designados por letras: <math>s</math> (sharp = nítido), <math>p</math> (principal), <math>d</math> (diffuse = difuso), <math>f</math> ("fine"= com estrutura detalhada). Essa nomenclatura para os subníveis se deve a uma possível correlação desses subníveis com conjuntos de linhas espectrais associadas a um átomo. A correlação é inconsequente, mas o nome continuou a ser usado, referindo-se, inclusive, aos orbitais <math>s, p, d, f</math>.
Diagrama
Distribuição eletrônica
| camada | subnível | |
|---|---|---|
| 1 | <math>K</math> | <math>s</math> |
| 2 | <math>L</math> | <math>s</math> e <math>p</math> |
| 3 | <math>M</math> | <math>s</math> , <math>p</math> e <math>d</math> |
| 4 | <math>N</math> | <math>s</math> , <math>p</math> , <math>d</math> e <math>f</math> |
| 5 | <math>O</math> | <math>s</math> , <math>p</math> , <math>d</math> e <math>f</math> |
| 6 | <math>P</math> | <math>s</math> , <math>p</math> e <math>d</math> |
| 7 | <math>Q</math> | <math>s</math> e <math>p</math> |
| Nota | ||
| <math>s</math> (sharp = nítido), <math>p</math> (principal), <math>d</math> (diffuse = difuso), <math>f</math> (fundamental) | ||
Número máximo de elétrons em cada subnível
| subnível | Número de elétrons por subnível |
|---|---|
| <math>s</math> | <math>2</math> elétrons |
| <math>p</math> | <math>6</math> elétrons |
| <math>d</math> | <math>10</math> elétrons |
| <math>f</math> | <math>14</math> elétrons |
O diagrama é representado assim:
| camada | subnível |
|---|---|
| <math>K</math> | <math> 1s^2 </math> |
| <math>L</math> | <math> 2s^2 \ 2p^6 </math> |
| <math>M</math> | <math> 3s^2 \ 3p^6 \ 3d^{10} </math> |
| <math>N</math> | <math> 4s^2 \ 4p^6 \ 4d^{10} \ 4f^{14} </math> |
| <math>O</math> | <math> 5s^2 \ 5p^6 \ 5d^{10} \ 5f^{14} </math> |
| <math>P</math> | <math> 6s^2 \ 6p^6 \ 6d^{10} </math> |
| <math>Q</math> | <math> 7s^2 \ 7p^6 </math> |
| Nota | |
| <math>s</math> (sharp = nítido), <math>p</math> (principal), <math>d</math> (diffuse = difuso), <math>f</math> (fundamental) | |
A ordem do diagrama que se lê é: <math>1s^2, \ 2s^2, \ 2p^6, \ 3s^2, \ 3p^6, \ 4s^2, \ 3d^{10}, \ 4p^6, \ 5s^2, \ 4d^{10}, \ 5p^6, \ 6s^2, \ 4f^{14}, \ 5d^{10}, \ 6p^6, \ 7s^2, \ 5f^{14}, \ 6d^{10}, \ 7p^6</math> .
Ver também
Bibliografia
- Therald Moeller,Inorganic chemistry, a modern introduction, Wiley, 1982 ISBN 0-471-61230-8 (em inglês)
Referências
- ↑ Pao-Fang Yi: J. Chem. Education, 24, 567 (1947)
A origem do “Diagrama de Linus Pauling” - ↑ {{#invoke:Citar web|web}}
- ↑ L. M. Simmons: J. Chem. Education, 25, 698 (1948)
- ↑ Therald Moeller, Inorganic Chemistry An Advanced Textbook, John Wiley & Sons, New York (1952), pp 96,97 e 102 ISBN 0-471-61215-4
- ↑ http://estadofundamental.wordpress.com/2013/03/15/a-origem-do-diagrama-de-linus-pauling/