Condutor elétrico

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Cabo de transmissão de energia
Condutores são utilizados na confecção de linhas de transmissão de energia elétrica.

Condutores, no contexto da física e da engenharia elétrica, são materiais nos quais as cargas elétricas se deslocam de maneira relativamente livre. Quando tais materiais são carregados em alguma região pequena, a carga distribui-se prontamente sobre toda a superfície do material.[1]

Nos sólidos que possuem elétrons livres, como os metais, é possível que a carga elétrica seja transportada através deles, por isso dizemos que são condutores de eletricidade.[2] Nesses materias, o movimento de cargas elétricas é composto por cargas negativas.[3] Materiais como o cobre, o alumínio e a prata são bons condutores.

Sais, quando dissolvidos ou fundidos, subdividem-se em partículas eletricamente carregadas que, agora livres, também permitem o movimento de cargas em seu interior.[4]

Isolantes não permitem o movimento de cargas elétricas em seu interior. Entretanto, se a tensão elétrica aplicada em suas extremidades for superior a sua rigidez dielétrica, tornar-se-á um condutor.[5]

Trabalhos realizados sobre uma nova classe de condutores, feitos a partir de polímeros, foi o motivo que concedeu o Nobel de Química de 2000 aos seus premiados.[6][7]

Propriedades

Resistência

Ver artigo principal: Resistência elétrica

Quando uma tensão elétrica é aplicada entre duas extremidades de um condutor, uma corrente elétrica é estabelecida, fluindo de uma extremidade até outra. A oposição que o condutor faz à passagem dessa corrente, numa determinada tensão, pode ser caracterizada pela relação:

<math>R = {V \over I}</math>

Onde <math>V</math> é o valor da tensão aplicada, medida em Volts e <math>I</math> é o valor da corrente fluindo pelo condutor, medida em Ampères. <math>R</math> é a resistência elétrica, medida em Ohms.[8][9]

Ôhmicos e não-ôhmicos

Gráfico mostrando resistência de condutores ohmicos e não-ohmicos
Em condutores ôhmicos, a relação tensão por corrente é linear, como a reta vermelha deste gráfico.

Condutores que apresentam sempre uma determinada corrente elétrica fluindo, em determinada tensão, consequentemente tem sempre a mesma resistência. Tais condutores são denominados ôhmicos, por obedecerem a lei de Ohm. Quaisquer outros condutores que não se comportem consistentemente com tal lei são denominados não-ôhmicos.[9][10]


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Resistividade

Ver artigo principal: Resistividade elétrica

A propriedade elétrica que determina se um material apresenta grande ou baixa resistência á passagem da corrente elétrica é a denominada: resistividade elétrica, típica de cada material e representada pela letra grega ρ.Esta é mensurada através da resistência(R), área de seção transversal(A) e distância entre os pontos de condução(l).Sua fórmula é:

ρ = R*A/l

E sua unidade de medida é o ohm-metro (Ω-m).

Condutividade

Ver artigo principal: Condutividade elétrica

Mas para se determinar se um material é bom ou mau condutor usa-se outra grandeza elétrica: a condutividade,representada pela letra grega, σ (lê-se sigma) .Que nada mais é que o inverso da resistividade elétrica, ou seja:

σ = 1/ρ

Sua unidade de medida é o [(Ω-m)^-1].

Condutores: apresentam condutividade alta, em torno de 10^7 [(Ω-m)^-1].

Abaixo há uma tabela com os valores de condutividade elétrica para alguns metais e ligas:

Tabela de condutividade
Tabela de condutividade eletrica de diversos metais

Estrutura de banda de energia (sólidos)

A condutividade elétrica está ligada fortemente ao número de elétrons disponíveis para a condução e estes buscam preencher os estados de energia mais baixos (estabilidade) a não ser que sejam submetidos à ação de forças externas (campo elétrico, por exemplo). A banda de energia eletrônica (ou banda de valência) é formada por estados atômicos que se dividem em subestados, ou estados eletrônicos. Quanto mais externas as camadas eletrônicas mais estas contribuem para a formação da banda eletrônica que é formada pelos elétrons da camada de valência do átomo. A banda vazia (ou banda de condução), como seu nome diz, é onde ocorre a condução elétrica propriamente dita, o movimento ordenado de elétrons por meio de uma diferença de potencial (d.d.p.).Quanto mais distantes as bandas, menor a condutividade elétrica.[11] Existem apenas quatro tipos de estruturas de bandas a 0K (zero absoluto), e estão mostradas na figura abaixo:

Imagem das estruturas de banda
Estruturas de bandas a 0K.

a) Típica de metais que apresentam um elétron na camada s; b) Encontrada em outros metais, há superposição de bandas (vazia com preenchida); c) Típica de isolantes, apresenta grande espaçamento entre bandas (gap); d) Característica dos semicondutores, tem distância pequena (< 2 eV) entre as bandas.

Características

Nos metais há imperfeições na estrutura cristalina que os levam a alterar sua resistividade, e por consequência sua condução. Segue abaixo a representação equacional dos responsáveis pela resistividade dos metais:

ρtotal = ρt + ρi + ρd (regra de Matthiessen)

em que ρt, ρi e ρd, são, respectivamente, as contribuições das resistividades térmicas(vibrações), devido á impurezas, e da deformação (plástica).[12]

Para os condutores, o aumento da temperatura resulta diretamente num aumento de resistividade, por conta de haver mais choques entre elétrons o que dificulta seu movimento ordenado. Tal aumento é linear e demonstrado pela fórmula:

ρt = ρo + αT

sendo ρo e α, constantes para cada material específico.

Ver também

Referências

  1. SERWAY, Raymond A.; JEWETT Jr., John W. Princípios de Física: Eletromagnetismo. 1 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. p. 679. vol. 3. ISBN 85-221-0414-X
  2. LUZ, Antônio Máximo Ribeiro; ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física: Contexto & Aplicações. 1 ed. São Paulo: Scipione, 2011. p. 18. vol. 3. ISBN 9788526284647
  3. LUZ, Antônio Máximo Ribeiro; ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física: Contexto & Aplicações. 1 ed. São Paulo: Scipione, 2011. p. 236. vol. 3. ISBN 9788526284647
  4. FELTRE, Ricardo. Química: Química Geral. 6 ed. São Paulo: Moderna, 2004. p. 190. vol. 1.
  5. SERWAY, Raymond A.; JEWETT Jr., John W. Princípios de Física: Eletromagnetismo. 1 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. p. 748-749. vol. 3. ISBN 85-221-0414-X
  6. VOLLHARDT, K. Peter C.;SCHORE, Neil E.. Química Orgânica: Estrutura e função. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. p. 514-515. ISBN 85-363-0413-8
  7. {{#invoke:Citar web|web}}
  8. LUZ, Antônio Máximo Ribeiro; ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física: Contexto & Aplicações. 1 ed. São Paulo: Scipione, 2011. p. 121. vol. 3. ISBN 9788526284647
  9. 9,0 9,1 SERWAY, Raymond A.; JEWETT Jr., John W. Princípios de Física: Eletromagnetismo. 1 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. p. 770,771. vol. 3. ISBN 85-221-0414-X
  10. LUZ, Antônio Máximo Ribeiro; ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física: Contexto & Aplicações. 1 ed. São Paulo: Scipione, 2011. p. 129. vol. 3. ISBN 9788526284647
  11. - CALLISTER, W. D. Ciência e engenharia de materiais uma introdução. 7ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. 705 p.
  12. – VAN VLACK, L. H. Princípios de ciência dos materiais. 1ª Ed. São Paulo: Edgar Blücher, 1970. 427 p.


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