Alfred Nobel

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Alfred Nobel
Alfred Nobel, fotografado por Gösta Florman.
Nome completo Alfred Bernhard Nobel
Conhecido(a) por Invenção da dinamite
Nascimento 21 de outubro de 1833
Estocolmo
 Suécia
Morte 10 de dezembro de 1896 (63 anos)
Sanremo, Ligúria
 Itália
Ocupação Químico, engenheiro, fabricante de armamentos, inventor
Prêmios Medalha John Fritz (1910)
Alfred Nobel

Loudspeaker.svg? Alfred Bernhard Nobel (Estocolmo, 21 de outubro de 1833San Remo, 10 de dezembro de 1896) foi um químico e inventor sueco.[1]

Vida e obra

Alfred Bernhard Nobel nasceu em 21 de outubro de 1833 em Estocolmo. Era filho de Immanuel Nobel, engenheiro civil e inventor, e de Andrietta Ahlsell, que provinha de uma família abastada sueca. Eles viviam em Estocolomo até que a empresa de Immanuel faliu. Andrietta e os filhos foram para a Finlândia, ao passo que Immanuel tentava montar um negócio em São Petersburgo, na Rússia. Nessa época Alfred estava com quatro anos de idade. Andrietta abriu uma mercearia para ganhar algum dinheiro e quando o marido obteve sucesso numa oficina de equipamento para o exército russo, mudaram-se todos para São Petersburgo[1].

Foi em São Petersburgo que ele e os irmãos estudaram. Rapidamente se notou um elevado interesse pela Literatura e pela Química. O pai, ao perceber isto, enviou-o para o estrangeiro para ganhar experiência no campo da Engenharia Química. Visitou países tais como França, Alemanha e Estados Unidos. Foi em Paris que conheceu o jovem químico italiano Ascanio Sobrero, que três anos antes tinha inventado a nitroglicerina. O invento fascinou Nobel devido ao seu potencial na engenharia civil.

Em 1852 foi trabalhar para a empresa do pai com os seus irmãos, e realizou experiências com o fim de arranjar um uso seguro e passível de vender para a nitroglicerina. Não obteve quaisquer resultados. Em 1863, regressou à Suécia com o objectivo de desenvolver a nitroglicerina como explosivo. Muda-se para uma zona isolada depois da morte do irmão Emil numa das suas explosões experimentais. Tentou então tornar a nitroglicerina num produto mais manipulável, juntando-lhe vários compostos, que a tornaram de facto numa pasta moldável, a dinamite [2]. A sua invenção veio facilitar os trabalhos de grandes construções tais como túneis e canais.

A dinamite espalhou-se rapidamente por todo o mundo. Nobel dedicava muito tempo aos seus laboratórios, de onde saíram outros inventos (já não relacionados com explosivos), tais como a borracha sintética.

O trabalho intenso durante toda a sua vida não lhe deixou muito tempo para a vida pessoal; tinha apenas uma grande amiga, Bertha Kinsky, que lhe transmitiu os seus ideais pacifistas. Isto iria contribuir para a criação de uma fundação com o seu nome, que promovesse o bem-estar da Humanidade.

Morreu de hemorragia cerebral, na sua casa em San Remo (Itália). No seu testamento havia a indicação para a criação de uma fundação que premiasse anualmente as pessoas que mais tivessem contribuído para o desenvolvimento da Humanidade. Em 1900 foi criada a Fundação Nobel que atribuía cinco prémios em áreas distintas: Química, Física, Medicina, Literatura (atribuídos por especialistas suecos) e Paz Mundial (atribuído por uma comissão do parlamento norueguês). Em 1969 criou-se um novo prémio na área da Economia (financiado pelo Banco da Suécia), o Prémio de Ciências Económicas em memória de Alfred Nobel. Mas de fato, esse prêmio não tem ligação com Alfred Nobel, não sendo pago com o dinheiro privado da Fundação Nobel, mas com dinheiro público do banco central sueco, embora os ganhadores sejam também escolhidos pela Academia Real das Ciências da Suécia. O vencedor do Prêmio Nobel recebe uma medalha Nobel em ouro e um diploma Nobel. A importância do prémio varia segundo as receitas da Fundação obtidas nesse ano. Assim, nasceu o Prémio Nobel, concedido todos os anos pela Real Academia de Ciências da Suécia.

Nota: Alfred Nobel foi acusado por ter roubado a invenção de Ascanio Sobrero, que faleceu em 1888. Encontra-se sepultado no Norra begravningsplatsen, Solna, Estocolmo na Suécia.[3]

Referências

  1. 1,0 1,1 {{#invoke:Citar web|web}}
  2. Alfred Nobel: Us Patent
  3. Alfred Nobel no Find a Grave.

Leitura adicional

  • Schück, H, and Sohlman, R., (1929). The Life of Alfred Nobel. London: William Heineman Ltd.
  • Alfred Nobel US Patent No 78,317, dated 26 May 1868
  • Evlanoff, M. and Fluor, M. Alfred Nobel – The Loneliest Millionaire. Los Angeles, Ward Ritchie Press, 1969.
  • Sohlman, R. The Legacy of Alfred Nobel, transl. Schubert E. London: The Bodley Head, 1983 (Swedish original, Ett Testamente, published in 1950).
  • Jorpes, J.E. Alfred Nobel. British Medical Journal, Jan.3, 1959, 1(5113): 1–6.
  • Sri Kantha, S. Alfred Nobel's unusual creativity; an analysis. Medical Hypotheses, April 1999; 53(4): 338–344.
  • Sri Kantha, S. Could nitroglycerine poisoning be the cause of Alfred Nobel's anginal pains and premature death? Medical Hypotheses, 1997; 49: 303–306.

Ver também

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