École Polytechnique
| École polytechnique | |
|---|---|
| Lema | Pour la patrie, les sciences et la gloire (Pela pátria, ciências e glória) |
| Fundação | 1794 |
| Localização | Palaiseau, França |
| Docentes | 660 |
| Presidente | Marion Guillou (X1973) |
| Diretor(a) | Yves Demay (X1977) |
| Total de Estudantes | 2660 |
| Graduação | 2000 |
| Pós-Graduação | 700 |
| Campus | Campus do Plateau de Saclay |
| Cores da Escola | Amarelo e vermelho |
| Afiliações | PRES UniverSud Paris, ParisTech, CGE, CDEFI, Medicen, G16+ |
| Orçamento anual | 172M€ (2010) |
| Página oficial | http://www.polytechnique.edu/ |
A École polytechnique é uma das mais antigas, célebres e prestigiosas escolas de engenharia francesa. É conhecida como "l'X" (lê-se lix), para o que há duas explicações diferentes e comumente aceitas. A primeira vem de seu símbolo de armas, onde podem ser vistos dois canhões cruzados que tomam a forma de um X. A segunda vem do reconhecimento da proeminência da matemática na formação de seus alunos, x sendo tradicionalmente o simbolo mais usado como variável matemática.
Fundada em 1794, durante a Revolução Francesa, a escola que recebeu a princípio o nome l'École centrale des travaux publics, é um estabelecimento público de ensino e pesquisa que se encontra sob a tutela do Ministério de Defesa da França. Seu lema "Pour la Patrie, les sciences et la gloire", enunciado por Napoleão Bonaparte, indica a relação estreita entre a École Polytechnique, o serviço da pátria e a excelência científica.
A Escola forma engenheiros com o título de Ingénieur diplomé de l'École polytechnique e recentemente outorga também os títulos de mestre e doutor.
História
Após a Revolução Francesa, em 1789, a França viu-se numa situação difícil, com uma grande falta de engenheiros e funcionários públicos de alto escalão. Tal situação levou à criação, em 1794, da "École Centrale des Travaux Publiques". Em 1805, Napoleão Bonaparte dá à escola um novo nome: "École Polytechnique", tornando-a numa escola militar. Em 1970 a escola recebe um status civil, continuando porém sob a tutela do Ministério da Defesa Francês. Em 1972 a admissão de mulheres é aprovada e em 1976 a escola é movida do Quartier Latin, em Paris, a Palaiseau, a 30 km ao sul de Paris.
Em 2000 a École Polytechnique passa por diversas mudanças, no que é conhecida como a "Reforma de 2000". Tentando adaptar-se aos novos desafios do século XXI, a escola passa a engajar-se na sua internacionalização, com uma crescente admissão de alunos estrangeiros (vindos do Brasil, China, Rússia, entre outros países) e também mudanças profundas na sua escolaridade, notadamente no que se refere às atividades militares de seus alunos.[1]
Estudantes
Efetivo
O campus da École agrupa simultaneamente duas promoções de aproximadamente 500 estudantes do ‘’Cycle Ingénieur’’ (final da graduação e início do mestrado), dos quais 100 estrangeiros e menos de 20% de mulheres, além de mais entre 100 e 150 estudantes de mestrado e 450 doutorandos. Contrariamente à maioria das escolas de engenharia, o ano da promoção corresponde ao ano de entrada e não ao ano de obtenção do diploma.
Recrutamento
O recrutamento de alunos ocorre por diversas vias, que são classificadas em função da nacionalidade e dos estudos precedentes do candidato.
Alunos franceses
A maior parte dos alunos franceses admitidos provém de classes preparatórias francesas e costumam totalizar 80% da promoção.
No concurso de 2012, foram disponibilizadas 400 vagas para alunos franceses, sendo 383 reservadas a alunos procedentens de classes preparatórias e 17 a alunos provenientes de universidades. As vagas das classes preparatórias dependem também da respectiva área de estudos.[2] No concurso de 2011, a metade dos alunos provenientes de classes preparatórias fizeram seus estudos em somente de duas instituições de ensino: o "lycée" Sainte-Geneviève de Versailles e o "lycée" Louis-le-Grand[3], sendo o primeiro privado e o segundo público.
Alunos estrangeiros
Os alunos estrangeiros costumam totalizar 20% da promoção, sendo aproximadamente um terço proveniente de classes preparatórias. Os outros dois terços correspondem a alunos de universidades estrangeiras que são recrutados no mundo todo.
No concurso de 2012, foram disponibilizadas 110 vagas para estrangeiros, sendo 35 para alunos provenientes de classes preparatórias (via 1), e 75 para alunos de universidades (via 2).[2]
Perfil pedagógico
A École Polytechnique disponibiliza a seus alunos uma cultura científica generalista que faz parte de uma longa tradição. Durante os quatro anos de formação, os alunos possuem o status militar e todos os alunos habitam no campus.
O dito Cycle Ingénieur, que é fortemente multidisciplinar, pode ser resumido em quatro etapas[nota 1]:
- Primeiro ano:
- Formação humana e militar de setembro a abril
- Tronco comum de maio a junho
- Segundo ano:
- Formação multidisciplinar
- Estágio de descoberta em empresas
- Terceiro ano:
- Aprofudamento científico de setembro a abril
- Estágio de pesquisa
- Quarto ano:
- Especialização: como aluno de mestrado em uma grande école parceira, ou em alguma universidade estrangeira (Harvard, MIT, Stanford, Oxford, Imperial College, EPFL, ETHZ, etc).
O "tronco comum" comporta cursos obrigatórios de cinco domínios básicos: matemática, física, matemática aplicada, economia e computação. Seu objetivo é fornecer conhecimentos básicos para a continuação da escolaridade. No segundo ano, considerado como ano da formação multidisciplinar, os alunos são obrigados a escolher curso em ao menos cinco departamentos diferentes, sendo que a lista do tronco comum é acrescida por mecânica, biologia e química.
Cursos de humanidades, línguas e esporte também são obrigatórios durante toda a escolaridade.
Polytechniciens célebres
Muitos ex-alunos da École Polytechnique ocupam cargos proeminentes no governo, indústria e pesquisa na França. Entre seus ex-alunos, encontra-se três prêmios Nobel (Henri Becquerel, Maurice Allais e Jean Tirole), três presidentes da França e muitos presidentes-executivos de companhias francesas e estrangeiras.
Figuras importantes da matemática dos séculos XVIII à XX, como Henri Poincaré, Augustin Louis Cauchy, Camille Jordan e Charles Hermite, entre outros, também foram alunos da École Polytechnique.
Ligações externas
Notas
- ↑ Para alunos estrangeiros, que não possuem o status militar, a formação começa em maio do primeiro ano, sendo essa precedida por um estágio linguístico ou civil de 3 a 6 meses.
Referências
- ↑ {{#invoke:Citar web|web}}
- ↑ 2,0 2,1 {{#invoke:Citar web|web}}
- ↑ Ces lycées qui monopolisent la fabrique des élites, Maryline Baumard, Le Monde, 13 octobre 2011



