Renault
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Sociedade anónima | |
Slogan | "Drive the change" ("Conduza a mudança") "Mude a Direção"(Brasil) |
Indústria | automobilística |
Fundação | dezembro de 1898 |
Fundador(es) | Louis Renault |
Sede | Boulogne ![]() |
Locais | Mundo inteiro (118 países) |
Empregados | ![]() |
Produtos | Automóveis |
Lucro | ![]() |
LAJIR | ![]() |
Website oficial | Renault.com |
A Renault S.A. (pronuncia-se Renô) Euronext: RNO é um fabricante francês de veículos fundada em 1898 por Louis Renault. Produz desde automóveis pequenos e médios, vans (furgões), ônibus (autocarros) e caminhões (camiões). É conhecida pelos protótipos que desenvolve, como o Renault 16 ou os monovolumes Twingo, Scénic e Espace.
História
- 1898-1918
O grupo Renault foi fundado em 1898 pelo industrial francês Louis Renault, seus irmãos Marcel e Fernand e seus amigos Thomas Evert e Julian Wyer, pioneiros da indústria automobilística[1] e introdutores do taylorismo como forma de organização do trabalho na França. Os irmãos rapidamente perceberam a publicidade que poderiam atrair pela participação dos seus veículos em competições automobilísticas, e alcançaram rápido sucesso e reconhecimento nas primeiras corridas de cidade a cidade na França. Tanto Louis quanto Marcel Renault competiram com modelos de sua fábrica, porém Marcel morreu em um acidente de carro durante uma corrida de Paris a Madrid em 1903. Além dele, outros 15 competidores foram vítimas de acidentes, obrigando os organizadores a cancelarem a corrida. Apesar de Louis Renault não ter mais competido após isso, sua empresa continuou envolvida em competições incluindo a vitória de um Renault modelo AK 90 com cavalos de potência e foi o ganhador do primeiro Grande Prêmio (Grand Prix) em 1906. Em 1909, Louis toma o controle total da empresa após a morte de seu outro irmão, Fernand.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Renault fabricou munição, aviões[1] militares e veículos como o tanque de guerra Renault FT-17, Louis Renault chegou a ser homenageado pelas forças aliadas pela sua contribuição para a guerra com os seus veículos militares. Fabricou também veículos especiais para táxi. Após a guerra, a Renault tornou-se líder de mercado na França. Em 1918 inicia-se a construção de uma nova fábrica na cidade de Billancourt, deixando Louis com 85% das ações da empresa.[2]
- 1919-1938

No período entre guerras, Louis Renault ampliou o escopo de sua empresa, produzindo máquinas agrícolas e industriais. Mas com a enorme demanda de encomendas de veículos, a Renault teve problemas de falta de estoque e de empregados, além de problemas na distribuição dos veículos.[3] Todos esses fatores levaram Louis em 1920 a firmar um acordo entre a Renault e Louis Gustave Gueudet, um rico empresário frânces que ajudou a empresa na distribuição pelo país. A empresa avançou muito em 1920, e chegou a produzir 45.809 unidades de sete modelos de carros, eram eles: o 6cv, o 10cv, o Monasix, o 15cv, o Vivasix, o 18/2 cv4 e o 40cv. Em 1928 a Renault começa a exportar para o Reino Unido, mas diminui as exportações para os Estados Unidos por conta do alto custo de exportação e baixo volume de vendas em relação as marcas nacionais do país.[3]
- 1939-1971
Durante a Segunda Guerra Mundial a forças armadas da Alemanha invadiram a França, adquiriram as fábricas de Louis Renault e utilizaram com a ajuda de Daimler-Benz para a produção de veículos militares para a Alemanha nazista. Por esse motivo, as forças inglesas bombardearam a fábrica da Renault em Billancourt em resposta a ocupação das tropas da Alemanha. Após a derrota alemã, Louis Renault foi preso durante a libertação da França em 1944 por "manter relações comerciais com inimigos" e acabou morrendo na prisão antes de preparar sua defesa. Seus ativos industriais foram confiscados pelo governo, e as fábricas da Renault se tornaram uma empresa pública também conhecida em francês por Régie Renault. Logo após a nacionalização, a Montadora lançou o modelo 4 cavalos de potência com motor na parte traseira que competiu com os modelos de maior sucesso na época, como Morris Minor e Volkswagen Fusca. Foram vendidas meio milhão de unidades, até a sua descontinuação em 1961. O modelo 4 CV usado em competições a fim de promover o carro, venceu duas vezes a corrida 24 horas de Le Mans.[3]
O Renault Dauphine foi um trabalho da montadora Renault após o fim da produção de carros de 4 cavalos de potência. O modelo acabou tendo um grande desempenho na Europa, o que resultou na expansão da área de importação, aumentando as vendas na África e na América do Norte.[4] Nessa mesma época a Renault começou a produzir dois outros modelos de sucesso da indústria, o Renault 4[5] e Renault 8.
- 1972-2001
Em 1972 a Renault lançou o Renault 5, um carro popular que era um tentativa de conseguir sobreviver a crise do petróleo. Com este carro, a Renault ganhou um série de Rallys. Entre 1979 e 1987, a Renault teve maioria acionária na empresa American Motors Corporation (AMC), à qual foi vendida à Chrysler em março de 1987.[6] Em abril de 1986 o governo da frança opôs-se à privatização da Renault. Porém, 10 anos depois, em 1996[5] a empresa foi parcialmente privatizada. Em 2 de janeiro de 2001, a montadora vendeu sua subdivisão de veículos industriais (Renault Véhicules Industriels) para a Volvo, que a rebatizou de Renault Caminhões em 2002.
Situação actual
O governo da França detém 15,7 % da empresa, porém a Renault é uma empresa privada. Louis Schweitzer foi o executivo-chefe da Renault de 1992 a 2005, quando foi substituído pelo brasileiro Carlos Ghosn, que era até então o CEO da Nissan. A Renault participa em 64,4% do capital da fabricante japonesa de automóveis Nissan. Juntas, elas formam a Aliança Renault-Nissan (Renault-Nissan Alliance). Outras participações da Renault são na Samsung Motors da Coréia do Sul, na sueca Volvo Trucks e na romena Dacia.
Na América do Sul, a Renault possui fábrica na Argentina desde 1967, porém seus modelos foram montados naquele país desde 1960. No Brasil, esteve presente na década de 1960 com Renault Gordini , fabricado em parceria com a norte-americana Willys Overland, que produziu sob licença os modelos Dauphine e Gordini que era uma versão mais aprimorada do Dauphine, até 1968, ano em que a Willys Overland vendeu suas operações para a Ford , a qual herdou o "projeto M". Esse projeto, desenvolvido em parceria entre a Renault e a Willys, resultou no lançamento pela Ford em 1968 do Corcel, um automóvel cujo estilo pode ser considerado,a grosso modo, uma versão americanizada do Renault 12 e com motores Renault CHT que equipoaram vários carros da Renault, Ford e Volkswagen. Por causa da crise brasileira na década de 1970 em que importados não podiam ser comercializados no país, e que a Renault não tinha fabrica instalada em território nacional, a empresa teve que sair do país. Já na década de 90 quando a crise acabou e o governo de Fernando Collor abriu as portas para o mercado externo, a Renault foi a primeira a retornar em 1992, entrando inicialmente como importadora, e, posteriormente, como montadora sendo hoje uma marca nacionalizada, a 5° marca mais vendida no país, estando entre as 5 marcas mais importantes do Brasil, sendo já uma marca tradicional e reconhecida por ser forte na mecânica e na qualidade de seus produtos. Em 1998 foi inaugurada a moderna planta na cidade de São José dos Pinhais no Estado do Paraná. Sua fábrica que hoje está sendo ampliada passando a produção de 275 mil para 375 mil veículos anualmente. A Renault possui atualmente cerca de 274 concessionarias em todo o Brasil.
Carros de competição

- Formula 1

A Renault competiu como equipe na Formula 1 entre 1977 e 1985. De 1989 a 1997 a Renault se ausentou da F1 como equipe, porém continuou participando ativamente, como fornecedora de motores, sendo fornecedora de motores das vitoriosas equipes Williams e Benetton. Novamente do ano de 2002, com aquisição da Benetton, a equipe Renault retornou a F1 como equipe, sendo bicampeã do mundial de construtores em 2005 e em 2006 e fazendo do piloto Fernando Alonso o bicampeão do mundial de pilotos desse mesmo ano. Em 2010 a equipe passou a contratar os pilotos Robert Kubica e Vitaly Petrov, não obtendo contudo resultados significativos. Mais tarde em 2011 a equipe passou a se chamar Lotus Renault após o grupo Genii Capital vender sua parcela de participação na equipe para o grupo Lotus. A equipe contou nesse ano com os pilotos Nick Heidfeld e Vitaly Petrov. Contudo Heidfeld foi mais tarde substituido por Bruno Senna por ter seu rendimento considerado insatisfatório. Em 2012 a equipe passa a se chamar somente Lotus firmando um acerto com o piloto francês Romain Grosjean e o retorno do piloto finlândes campeão Kimi Raikkonen
- Renault Sport

A Renault possui desde a década de 1970 uma divisão responsável pelas competições dos carros da marca.
Participação na Avto VAZ
Em 8 de dezembro de 2007 foi anunciada uma parceria entre empresas estatais russas e a Renault para revitalizar a AvtoVAZ e a marca Lada. O estado russo, via empresas estatais, e a Renault serão sócios na proporção de 50% para cada em uma sociedade de propósito específico que, por sua vez, deterá pelo menos 50% de participação no capital da AvtoVAZ[7]
Veiculos elétricos
O consorcio Renault-Nissan vem colaborando com o Project Better Place para a produção de redes de vehículos totalmente eléctricos e milhares de estações de recarregamento em Dinamarca, Portugal, Israel, Silicon Valley (na Califórnia, Estados Unidos) e em outros países. Já em 2011 oferecerá a parceria de Renault-Nissan e Better Place a infraestrutura e os automóveis.
Modelo de 2.500 dólares
Em 12 de maio de 2008 a Bajaj, a Renault e a Nissan anunciaram um projeto conjunto para desenvolver e produzir um modelo ultra compacto cujo preço final será de cerca de 2.500 dólares, provisoriamente chamado de Projeto ULC.[8][9][10]
Modelos Nacionais Atualmente no Brasil
- Renault Clio II (2000–2012)
- Renault Master (2003–2012)
- Renault Grand Tour (2006–2012)
- Renault Sandero (2007–2012)
- Renault Logan (2007–2012)
- Renault Kangoo furgão (2000–2012)
- Renault Symbol (2009-2012)
- Renault Fluence (2010-2012)
- Renault Duster (2011–2012)
- Renault Sandero Stepway (2011-2012)
- Renault Sandero Ripcull (2012-2012)
- Renault Sandero GTline (2012-2012)
- Renault Fluence GT (2012-2012)
- Renault Novo Clio II (2012-2012)
Modelos Nacionais Inexistente no Brasil
- Renault Dauphine (1959–1962)
- Renault Gordini (1962–1968)
- Renault 21 sedan (1992–1994)
- Renault 21 nevada (1992–1994)
- Renault Twingo (1994–2002)
- Renault 19 hatch (1994–1998)
- Renault 19 sport (1994-1998)
- Renault 19 sedan (1994-1998)
- Renault Laguna sedan (1994–2001)
- Renault Laguna nevada (1994-2001)
- Renault Trafic (1994-2002)
- Renault Clio I (1996-1999)
- Renault Scénic (1998-2011)
- Renault Mégane hatch (1998-2005)
- Renault Mégane sedan I (1998-2005)
- Renault Clio sedan (2000-2009)
- Renault Kangoo passageiro (2000-2010)
- Renault Mégane sedan II (2006-2011)
- Renault Mégane Cabriolet II (2007-2010)
- Renault Grand Scénic (2007-2010)
Cronologia
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at:1898 text:Louis, Fernand e Marcel Renault fundam a Renault. at:1903 text:Marcel Renault morre em acidente durante a competição Paris-Madrid. at:1909 text:Fernand Renault morre, deixando Louis com o controle total da empresa. at:1919 text:A Renault começa a produzir veículos agrícolas at:1928 text:A Renault começa a exportar para a Grã-Bretanha at:1942 text:As forças nazistas tomam o controle das indústrias Renault. at:1944 text:Louis Renault morre na prisão por motivos até hoje desconhecidos. at:1945 shift:(25,13) text:A Renault transforma-se em empresa pública de propriedade do Governo. at:1986 shift:(25,13) text:O Governo não aceita o pedido de privatização da Renault. at:1987 text:A Renault tem maioria aciónaria na AMC e vende para a Chrysler Corporation. at:1992 text:Louis Schweitzer torna-se presidente do Grupo Renault. at:1996 text: A empresa é privatizada e torna-se Renault SA. at:1999 text: A Renault adquiri 36,8% de participação na Nissan at:1999 shift:(25,15) text:A Renault compra a Dacia S.A. at:2001 text: A Renault vende sua subdivisão de caminhões para a Volvo. at:2004 shift:(25,13) text:A fábrica da Renault em Billancourt é demolida. at:2005 shift:(25,17) text:Carlos Ghosn torna-se CEO da Renault.
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Galeria de imagens
Renault 4CV 1956.
Renault Dauphine (1956-1968).
Renault 8. (1962-1976)
O Renault 5 é até hoje utilizado em competições.
Referências
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- ↑ 3,0 3,1 3,2 {{#invoke:Citar web|web}}
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- ↑ 5,0 5,1 {{#invoke:Citar web|web}}
- ↑ "DaimlerChrysler: The 'What Ifs?'", Ward's AutoWorld, 1 de junho de 2008, Página acessada em 8 de janeiro de 2010
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Ver também
Ligações externas
- Club Clasicos Populares Renault 3, 4, 5, 6 y 7
- (em francês) - (em inglês) - Renault.com - página oficial
- (em português) - Renault no Brasil
- (em português) - Renault em Portugal
- (em português) - 4.clube.portugal
- Renault Clube Brasil
- Fórum do Renault Clube Brasil
- Fórum RenaultPT.com Portugal
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